As Camadas da Pele: Histórias Sobre a Memória
Jorge Américo para além de ser um grande amigo meu, pessoa que admiro muitíssimo pela força, entusiasmo e dedicação, é também artista plástico formado na ESAD.CR, mesma escola onde eu me formei. Este ano foi seleccionado para dois certames de enorme importância no panorama da arte contemporânea portuguesa: Bienal de Cerveira, em Vila Nova de Cerveira, e Bienal de Jovens Criadores que nesta edição tem lugar em Moçambique.
O trabalho do Américo trata, sobretudo, a memória através da sobreposição de camadas, como uma pele. De momento encontra-se a criar uma série de pinturas e fotografias que têm na sua génese uma aproximação muito íntima com a memória do espaço arquitectónico. No processo criativo das suas obras Américo usa os suportes da pintura e da fotografia para extrair as camadas de tinta de casas abandonadas. As obras tornam-se suporte das memórias do espaço através das camadas de tinta que são absorvidas pelas propriedades materiais.
Num encontro do passado com o presente, as obras de Jorge Américo dialogam histórias do desconhecido, do não-palpável, intangível. A matéria torna-se evidente revelando nela a ruína, a destruição, o passado esquecido, abandonado, mas mais importante que tudo isto apresenta-nos uma construção de uma nova dialética de tempo e espaço.
Agora, que vos dei um lamiré do que trata a obra de Jorge Américo, convido-vos a ver as imagens que vos deixo do trabalho deste meu amigo. Espero que gostem.
Todas as imagens estão protegidas e não deverão ser usadas para outros efeitos sem autorização do próprio artista.
Gostei muito! Obrigado Jorge Reis!
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