A Arte de ser inculto (e gostar)



Hoje, como a maioria dos portugueses, desloquei-me a um hipermercado para fazer as compras do habitual. Porém, por política ambiental desloco-me sempre a pé. Sim, já tive carro, mas abdiquei dele.

No regresso eu e a minha namorada, vínhamos com as nossas comprinhas na mão e a falar de uns assuntos importantes para ambos, quando, de repente, apercebemo-nos de um carro que estava estacionado que deu início à sua marcha no exato momento que passávamos, e o pior é que além de acelerar cada vez mais, não deu qualquer indício de que ia parar antes de nos bater, e por isso corremos para não sermos 'passados a ferro'.

A minha namorada que é uma excelente pessoa, em vez de mandar a excelente condutora ir dar uma grande curva, disse-lhe que devia ter cuidado pois quase nos atropelava. Não é que a condutora da treta ainda se pôs com uma arrogância do tamanho dela própria e em voz alta (modo peixeira) a dizer que nos estava a ver. «Eu estava a ver-vos. Eu estava a ver-vos.» A minha namorada disse-lhe, de forma muito respeitadora, até demais, «Viu-se!». Resposta da Sr.ª Arrogância Jertrudes Mal Encara Silva das Neves: «Prá próxima passo-vos por cima.». Quando ouvi isto eu perguntei-lhe: «Passa o quê?...» e ela «Por cima.». Eu só me dirigi ao seu carrinho e tirei-lhe uma foto só para que outras pessoas que andem a pé se previnam de pessoas como estas.

Ela deveria, no mínimo, ter-nos dito que não nos tinha visto, mas não ela disse e afirmou, sublinhou, pôs a Bold e em caixa alta, que nos tinha visto, que ainda agrava a coisa. Como é óbvio não nos pediu desculpa. Agiu sempre como se fossemos duas pessoinhas insignificantes, pelo que não lhe demos mais 'trela e fomo-nos embora.


Incrível como há pessoas que não têm noção dos seus próprios atos. Isto deve-se a quê? Falta de espírito? Ou falta de outra coisa?.... Bem só o espírito Santo saberá dar a resposta a estas Marias.



Unknown

Sou uma pessoa persistente e exigente consigo própria. Trabalho na área criativa e tenho um especial gosto em analisar-me, não no sentido narcisista, mas antes psicológico. Gosto de me sentir a evoluir, e aproveito todos os dias para aprender algo novo. Não sou de sair e de estar em grande grupos. Sou um bom amigo (pelo menos é o que dizem).

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